UM fato tem me chamado
bastante atenção nas festas de final de ano. São às superstições que envolvem o
povo na passagem de um ano para o outro. Ouvi pessoas dizerem que vão
vestir-se de branco, colocar um galho de arruda na orelha, jogar flores no mar,
e por aí vai...
ORA, não vai adiantar
nada disso, se usou calça branca, camisa branca e por dentro, ter um coração
cheio de ódio, rancor, ressentimento. Jesus nos chama a atenção quanto a isso: “Ai
de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a
túmulos caiados: formosos por fora, mas por dentro...” (Mat 23, 27-28).
DE um jeito ou de outro
2014 vai chegar, com ou sem galho de arruda, com ou sem roupa branca. O
engraçado é que, teoricamente continuará tudo igual. Temos os mesmos amigos,
outros (Graças a Deus) o mesmo
emprego, outros (infelizmente) ainda
desempregados, outros as mesmas dívidas, seremos a mesma pessoa que fomos no
ano que passou, enfim, a única diferença é que temos, não um mês, mas doze
meses pela frente para mudar muitas coisas que ainda andam fora do plano de
Deus.
NESSE contexto, convido a
todos s a uma profunda reflexão: Como vai nosso relacionamento familiar? Estamos
vivendo no diálogo, na unidade, amor e respeito? Você que é casado(a) será que
conseguimos relembrar do nosso juramento feito no altar? Você
se lembra? Como foi a nossa família durante o ano que
está acabando?
OUVIMOS e vemos pela
televisão episódios de violência de irmãos contra irmãos, de pais contra
filhos, enfim, tudo que vai contra aos valores cristãos. Será que nossa família
também estar vivendo situações semelhantes? O que se passa em nossas famílias?
Vivemos em paz com outras famílias? Essas perguntas nós devemos responder para
nós e para os nossos familiares, dialogando com franqueza e com amor.
DEVEMOS amar a nossa
família, mas não devemos nos esquecer das outras. A Sagrada Família não ficava
isolada em sua casa, prova disso foi nas bodas de Caná (Jo 2, 1-12), quando
Maria pediu a Jesus para que Ele ajudasse aquele casal amigo na hora em que
eles estavam precisando. Um gesto concreto de que devemos estar sempre em união
com todas as famílias.
VOLTANDO as roupas
brancas, temos sim, que nos vestir de branco por dentro. Ter um coração cheio
de amor, de paz e esperança, o resto é pura superstição. Eu convido a todos para o ano de 2014,
rezarmos em família e pelas famílias, fazer algo que ajude a sua e as outras
famílias.
Sandro Oliveira