quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Padre João na Amazônia

TOMEI conhecimento de que o Pe. João Carlos irá para o estado do Amazonas no mês de fevereiro e ficará três anos por lá. Quando comentei o assunto em casa, a reação da minha esposa e da filha foi de tristeza:“Poxa, por que Pe. João vai para tão longe assim?”, “Será que ele pediu?”, “Por que o Bispo fez isso como ele?”, questionaram. De início a minha reação também foi essa. A nossa preocupação era por uma pessoa que passou por nossas vidas e deixou saudades. Estando em Feira de Santana não ficávamos tão preocupados, porque a qualquer momento poderíamos visitá-lo, como já fizemos em algumas oportunidades, mas quando soubemos que vai para longe ficamos tristes. É como se fosse um parente nosso que vai morar longe e só vamos nos ver de vez em quando. Liguei para ele e me falou que este era um desejo dele. Foi aí que me lembrei das palavras de Jesus: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16,15). Então, Pe. João vai cumprir a sua missão.

EM homenagem a Pe. João, vou lembrar, aos paroquianos e leitores, um artigo que fiz em junho de 2008 no informativo paróquial, quando ele se despedia da nossa Paróquia intitulado, Valeu Pe. João.


EXISTEM coisas que acontecem independente de nossa vontade. Mas quando temos uma missão para realizar, devemos aceitá-la, pois faz parte dos desígnios de Deus. Durante quatro anos e seis meses, fomos agraciados com a presença de Pe. João em nosso meio. E somos gratos por isso. Esteve conosco em algumas das nossas maiores realizações, por exemplo, aceitando que o Encontro de Casais com Cristo fosse realizado em nossa paróquia, motivo de alegria para os que acreditam na família.

COM o seu carisma nos aproximou mais de Deus e da Sagrada Eucaristia. Ensinou-nos a participar de cada Missa como se fosse a nossa primeira e última. Pois é, Deus coloca pessoas em nossa vida que agem como anjos, mostrando o caminho que devemos percorrer. Com sua espiritualidade, Pe. João foi como um anjo que trouxe paz e luz para nossos corações feridos, abatidos e fracos. O seu jeito simples, humilde e atencioso se assemelha ao do Bom Pastor que busca resgatar as “ovelhas” dispersas. Sua maneira de ser e agir, aproxima as pessoas e nos faz sentirmos iguais e irmãos.

NOSSA comunidade sente que um de seus membros foi separado fisicamente, mas somos inseparáveis espiritualmente. Mesmo longe, sempre seremos e estaremos unidos. Pois as pessoas que passam por nossa vida sempre deixam suas marcas. Tenha certeza de que a sua luz nunca se apagará. O livro do Eclesiástico, 6, 14-16, afirma que: Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão.

Pe. JOÃO, “quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro”. E nossa comunidade recebeu durante esses quatro anos e meio, um valioso tesouro, o senhor e sua amizade. E podemos afirmar com toda certeza, se hoje formamos uma grande comunidade é porque ao lado esteve um grande pároco. Deus o abençoe nesta missão que abraçou. E sempre estaremos rezando e torcendo pelo seu sucesso. Não diremos adeus, mas até breve. Até breve e muito obrigado por tudo. Valeu Padre João!

ESSA foi a homenagem que fiz, o mesmo digo hoje. Deus o abençoe nesta missão que abraçou, evangelize aquele grande e importante pedaço do Brasil, a nossa querida Amazônia.

Sandro Oliveira

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