sábado, 27 de junho de 2009

Mudei de Religião!

Por Sandro Oliveira 

NUNCA passou pela minha cabeça mudar de religião. O título acima é apenas uma forma de chamar a sua atenção para você se interessar em ler este artigo. Se você chegou até aqui, convido para ler até o final.

A FRASE que dá título a este artigo é muito comum nos dias de hoje, tem religião pra todos os gostos. Outro dia estava assistindo à televisão e vi uma reportagem sobre religião. Na matéria dizia que tinha uma igreja só para lutadores de jiu-jítsu, outra de surfistas, de roqueiros, de atletas, fãs de hip hop... são várias a igrejas para todas as tribos, ao gosto do freguês.

INFELIZMENTE a religião hoje em dia parece que virou um item de supermercado, a pessoa vai percorrendo as prateleiras pegando e apenas aquilo que gosta, do mesmo modo, as pessoas escolhem uma religião por aquilo que ela permite fazer. Assim a pessoa supostamente satisfaz a necessidade espiritual que todo ser humano tem e não precisa fazer nenhuma mudança na vida, ou seja, é totalmente cômodo.

PERCEBEMOS que a maioria gostaria de uma religião que não tivesse regras, que não os levasse a mudanças, mas que eles pudessem adaptá-la conforme a maneira de pensar de cada um, de forma que ela satisfizesse aos seus interesses. Agora, imagine só, de que serve uma religião que não opere mudanças na vida do indivíduo, elevando seu nível moral, conceitos de ética, de igualdade, de misericórdia, de amor, de coerência, razão, etc.?

A APROXIMAÇÃO de Deus deve provocar em nós mudanças no caráter para melhor, e não querer que Deus e Sua Palavra devam ser adaptados aos nossos interesses. Tem pessoas que querem mudar de religião quando passam por situações difíceis financeiramente, e aí como tem “religiões” que prometem que a pessoa vai prosperar financeiramente, acabam se iludindo e vão atrás dos falsos pastores corruptos que vivem para agradar as autoridades políticas e as pessoas privilegiadas. Apoiam políticos e ganham vantagens financeiras para iludirem seus fieis. 

NESSAS seitas oferecem um tipo de religião que não exige ética, o dinheiro vira o alvo principal, Deus passa ser tratado como um acordo comercial. Ele tem que providenciar o dinheiro que a pessoa precisa para pagar suas dívidas. Tem que ser um “deus” que resolva seus problemas de uma hora pra outra, num toque de mágica, caso contrário, começa achar que esse não é o “deus” e a religião que procuram. E essas denominações vão fazendo uma espécie de competição entre os fiéis desesperados e despreparados.

PERCEBEMOS que muitas pessoas não estão em busca de um Deus que é amor (1 Jo 4, 16), mas sim, em um “deus” que lhe dê dinheiro e resolva seus problemas como se fosse um mágico. "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro. (Mateus 6,24)

Sandro Oliveira
Membro do Cursilho de Cristandade